terça-feira, maio 17, 2016

O Ministério do Temer Comparado Com o de FHC

O QI Administrativo do Brasil é zero.



Aqueles que já estão criticando o Ministério do Temer estão se esquecendo do Ministério de FHC.

Um grande amigo meu do PSDB reclamou do fisiologismo do Ministério de FHC, ao próprio FHC. 

Exatamente como estão acusando agora do Temer.


“Paulo, quantos Ministros eu realmente tenho?” 

“Quantos Ministros do meu governo foram de fato indicados pelo PSDB, para que eu pudesse fazer meu próprio governo?”

“Eu indiquei somente o Pedro Malan na Fazenda, Paulo Renato no Ministério da Educação e o José Serra, que nunca me obedece.”

Quando reclamamos que um governo não fez isto e não fez aquilo, esquecemos que nossa democracia é tênue, porque temos mais de 35 partidos políticos e o partido no qual votamos não tem maioria para “fazer um bom governo”.

O único legado do Governo Militar, a ideia de que o Brasil só daria certo se tivesse dois partidos, o MDB e o Arena, que de fato implantaram na “marra”, foi rapidamente solapada por aqueles que lutaram pela “democracia”.

O MDB se dividiu em PSDB, PSOL, PCdoB, PSTU, PMDB, PSB, etc, e pasmem, o Arena só mudou de nome para DEM.

Com 35 partidos, infelizmente, nossos presidentes, em vez de insistirem em nomear “notáveis”, profissionais do mercado ou administradores reconhecidos, optaram por cooptar o Legislativo.

É um tiro no pé.

A função do Executivo é “executar e administrar”.

O executivo deve ser “executado” por executivos com larga experiência em administração e execução.

TODOS os Ministros deveriam ser escolhidos pelo partido eleito, única forma de se responsabilizá-lo, pelos seus fracassos. 

E aí calhordamente, percebam a sutileza, todo Presidente acha que o mais importante é ter o Ministério da Fazenda, porque é aquele que controla o Caixa do País.

Se eu pudesse escolher um único Ministério como Presidente, escolheria o Ministério de Ciência e Tecnologia, e não o Caixa.

Imagine o que seria de nossas empresas se o diretor financeiro fosse escolhido por um grupo de acionistas, o diretor de compras por outro grupo, e assim por diante. 

Nenhum administrador profissional jamais fez isto para “facilitar” a sua vida de Presidente, para ter a aprovação do seu orçamento, por exemplo.

Nós também temos o mesmo problema político, grupo de acionistas conflitantes, com objetivos diferentes, mais para o curto prazo ou longo prazo por exemplo.

Mas a Ciência da Administração já resolveu este mesmo problema político há mais de 400 anos. 

Assustador que nossos Cientistas políticos ainda não o resolveram.

A solução é a seguinte.

O Presidente da empresa escolhe todos os seus Ministros, com uma exceção.
O Contador da empresa, que é escolhido pelos acionistas.

Mas os Principais Partidos, leia-se Acionistas, possuem assento no Conselho de Administração

É como se o PMDB escolhesse todos os seus Ministros, que tocariam o dia a dia.

Mas as grandes decisões nacionais passariam pela aprovação de um Conselho de Administração, composto dos principais partidos, com voto proporcional ao seu eleitorado. 

Por que não adotamos uma solução política já elaborada e testada em milhares de empresas administradas por administradores

Vocês já sabem a resposta.

O QI Administrativo do Brasil é zero.


Por Kanitz

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